O Parque Natural Municipal da Freguesia (P.N.M.F.), mantido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é um lugar propício para a prática de atividades físicas e conversas informais.
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Com uma área de 30,31 hectares de mata atlântica, o Bosque da Freguesia, que recebe aproximadamente mil pessoas por dia, no mês passado recebeu um total de 26 mil pessoas, cerca de 70 % de idosos, com horário de funcionamento de 7h as 17h, com entrada franca, e acessos pela Avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão s/nº e pelo estacionamento do Rio Shopping na Gabinal nº 313. Além da beleza natural exuberante e a sensação de estar respirando ar puro, existe também o trabalho voluntário de professores de ioga, tai chi chuan, ginástica, meditação e várias outras atividades para os idosos interessados.
O bosque conta também com 2,5 Km de trilhas, uma quadra poliesportiva, um campo society, a sede da Administração, três áreas de lazer infantil, quatro praças de estar, auditório, duas guaritas e três telefones públicos, dois bicicletários para um total de 18 bicicletas. Tudo isto é vigiado pelo GDA (Grupamento de Defesa Ambiental), além da empresa de segurança patrimonial terceirizada mantida também pela prefeitura.
A fauna e a flora contam entre outras coisas com algumas árvores de Pau-Brasil, caxinguelês nativos (esquilos), micos (onívoros, predadores implacáveis, trazendo desequilíbrio ecológico ao parque), lagartos Teiú nativos, sapos, rãs, pererecas, insetos e aves. A administração é mantida pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, que mensalmente recebe um relatório com todas as atividades realizadas no bosque. "A gente depende muito da prefeitura e lidar com o povo é complicado. Não existe o agrado cem por cento, os interesses são diversos". Relata o administrador do local, Márcio Carazza, que está no cargo há seis meses.
Esta área de mata atlântica fazia parte de uma antiga fazenda, propriedade de Joaquim Catramby. Uma das poucas chácaras remanescentes de Jacarepaguá, a fazenda se destacava na cidade do Rio de Janeiro por sua intensa produção agrícola, através do trabalho escravo. O local também servia de depósito de leprosos, loucos e doentes, além de receber hóspedes como um lugar de veraneio. A sede, construída em 1978, após a morte do antigo proprietário, foi demolida em 1988, e a Dirija Distribuidora de Veículos S.A. comprou as terras do atual Bosque da Freguesia.
No ano de 1989, o movimento comunitário da Freguesia com uma série de passeatas e reivindicações contra o loteamento da área e com o auxílio de políticos, através da prefeitura, conseguiu o tombamento como área de proteção ambiental através da Lei nº 1.512 de 20 de dezembro de 1989, mas esta lei foi vetada pelo então prefeito Marcello Alencar, mas no dia 11 de dezembro de 1992, através do decreto municipal 11.830, que regulamenta a lei anterior, oficializa o local como Área de Proteção Ambiental. No dia 19 de fevereiro de 2003 o decreto municipal nº 22.662 constitui a área como Unidade de Conservação Ambiental e devolve o antigo nome de Bosque da Freguesia ao local, para adequar a Lei Federal nº 9.985 de 18 de julho de 2000 e o decreto 4.340 de 22 de agosto de 2002 no SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação).
O movimento ambientalista e comunitário da Freguesia, no ano de 1989, mobilizou-se contra a ameaça de loteamento e construção civil dentro do bosque, última área de mata atlântica do bairro, de propriedade da Dirija Distribuidora de Veículos S.A. A Amaf (Associação de Moradores e Amigos da Freguesia), AMJU (Associação de Moradores e Jardim Urussanga) e o Grude (Grupo de Defesa Ecológica) procuraram o vereador Alfredo Sirkis, que participou ativamente das mobilizações e apresentou um projeto de lei para tombar o bosque como área de proteção ambiental.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Vereadores, mas foi vetado pelo então prefeito Marcelo Alencar (por razões técnicas). A Câmara pressionada por uma intensa mobilização derrubou o veto. A lei foi promulgada, mas a Dirija obteve uma vitória na justiça reconhecendo a validade da licença de construção que obtivera. O prefeito da época Marcello Alencar decidiu apoiar a mobilização do vereador Sirkis e das entidades envolvidas e não permitiu que a obra fosse iniciada.
Com isso, o bosque ficou fechado e começou a sofrer um processo degradação, com roubos de areia, incêndios, desova de cadáveres, refúgios de assaltantes etc.
Alfredo Sirkis iniciou uma negociação com a Dirija, com a participação de entidades locais para se chegar a um acordo. A discussão perdurou por um bom tempo até que chegaram a um acordo que a Dirija doaria à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro 85% da área total do Bosque, mas poderia construir, nos 15% restantes, sua concessionária e um shopping (Rio Shopping, Estrada da Gabinal nº 313).
O local mantido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente é um símbolo de luta ambiental para o bairro da Freguesia, políticos, moradores e ONG's envolvidas. A Ong Grude (Grupo de Defesa Ecológica) pretende transferir sua biblioteca ecológica para o parque.
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Com uma área de 30,31 hectares de mata atlântica, o Bosque da Freguesia, que recebe aproximadamente mil pessoas por dia, no mês passado recebeu um total de 26 mil pessoas, cerca de 70 % de idosos, com horário de funcionamento de 7h as 17h, com entrada franca, e acessos pela Avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão s/nº e pelo estacionamento do Rio Shopping na Gabinal nº 313. Além da beleza natural exuberante e a sensação de estar respirando ar puro, existe também o trabalho voluntário de professores de ioga, tai chi chuan, ginástica, meditação e várias outras atividades para os idosos interessados.
O bosque conta também com 2,5 Km de trilhas, uma quadra poliesportiva, um campo society, a sede da Administração, três áreas de lazer infantil, quatro praças de estar, auditório, duas guaritas e três telefones públicos, dois bicicletários para um total de 18 bicicletas. Tudo isto é vigiado pelo GDA (Grupamento de Defesa Ambiental), além da empresa de segurança patrimonial terceirizada mantida também pela prefeitura.
A fauna e a flora contam entre outras coisas com algumas árvores de Pau-Brasil, caxinguelês nativos (esquilos), micos (onívoros, predadores implacáveis, trazendo desequilíbrio ecológico ao parque), lagartos Teiú nativos, sapos, rãs, pererecas, insetos e aves. A administração é mantida pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, que mensalmente recebe um relatório com todas as atividades realizadas no bosque. "A gente depende muito da prefeitura e lidar com o povo é complicado. Não existe o agrado cem por cento, os interesses são diversos". Relata o administrador do local, Márcio Carazza, que está no cargo há seis meses.
Esta área de mata atlântica fazia parte de uma antiga fazenda, propriedade de Joaquim Catramby. Uma das poucas chácaras remanescentes de Jacarepaguá, a fazenda se destacava na cidade do Rio de Janeiro por sua intensa produção agrícola, através do trabalho escravo. O local também servia de depósito de leprosos, loucos e doentes, além de receber hóspedes como um lugar de veraneio. A sede, construída em 1978, após a morte do antigo proprietário, foi demolida em 1988, e a Dirija Distribuidora de Veículos S.A. comprou as terras do atual Bosque da Freguesia.
No ano de 1989, o movimento comunitário da Freguesia com uma série de passeatas e reivindicações contra o loteamento da área e com o auxílio de políticos, através da prefeitura, conseguiu o tombamento como área de proteção ambiental através da Lei nº 1.512 de 20 de dezembro de 1989, mas esta lei foi vetada pelo então prefeito Marcello Alencar, mas no dia 11 de dezembro de 1992, através do decreto municipal 11.830, que regulamenta a lei anterior, oficializa o local como Área de Proteção Ambiental. No dia 19 de fevereiro de 2003 o decreto municipal nº 22.662 constitui a área como Unidade de Conservação Ambiental e devolve o antigo nome de Bosque da Freguesia ao local, para adequar a Lei Federal nº 9.985 de 18 de julho de 2000 e o decreto 4.340 de 22 de agosto de 2002 no SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação).
O movimento ambientalista e comunitário da Freguesia, no ano de 1989, mobilizou-se contra a ameaça de loteamento e construção civil dentro do bosque, última área de mata atlântica do bairro, de propriedade da Dirija Distribuidora de Veículos S.A. A Amaf (Associação de Moradores e Amigos da Freguesia), AMJU (Associação de Moradores e Jardim Urussanga) e o Grude (Grupo de Defesa Ecológica) procuraram o vereador Alfredo Sirkis, que participou ativamente das mobilizações e apresentou um projeto de lei para tombar o bosque como área de proteção ambiental.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Vereadores, mas foi vetado pelo então prefeito Marcelo Alencar (por razões técnicas). A Câmara pressionada por uma intensa mobilização derrubou o veto. A lei foi promulgada, mas a Dirija obteve uma vitória na justiça reconhecendo a validade da licença de construção que obtivera. O prefeito da época Marcello Alencar decidiu apoiar a mobilização do vereador Sirkis e das entidades envolvidas e não permitiu que a obra fosse iniciada.
Com isso, o bosque ficou fechado e começou a sofrer um processo degradação, com roubos de areia, incêndios, desova de cadáveres, refúgios de assaltantes etc.
Alfredo Sirkis iniciou uma negociação com a Dirija, com a participação de entidades locais para se chegar a um acordo. A discussão perdurou por um bom tempo até que chegaram a um acordo que a Dirija doaria à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro 85% da área total do Bosque, mas poderia construir, nos 15% restantes, sua concessionária e um shopping (Rio Shopping, Estrada da Gabinal nº 313).
O local mantido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente é um símbolo de luta ambiental para o bairro da Freguesia, políticos, moradores e ONG's envolvidas. A Ong Grude (Grupo de Defesa Ecológica) pretende transferir sua biblioteca ecológica para o parque.